Deputados que integram a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular se reuniram nesta terça-feira onde realizaram debate sobre o impacto da digitalização para as rádios brasileiras. A previsão era de que o padrão escolhido fosse anunciado em setembro, porém, a divulgação deve sofrer novo atraso, assim como já vem ocorrendo desde 2010.
Atualmente existem dois modelos credenciados para a escolha no Brasil. O Rádio Digital Mundial atende pela sigla DRM, e é um padrão de rádio digital aberto desenvolvido por um consórcio global. O outro é o HD Radio um sistema fechado, que já está sendo usado nos Estados Unidos e no México.
Os dois padrões estão sendo testados por rádios públicas, comunitárias e comerciais. Os resultados dos testes serão discutidos no conselho consultivo do Ministério das Comunicações, que ainda vai ser empossado, e que vai apontar o mais adequado para o Brasil.
No sistema americano, o HD Radio, também conhecido como Iboc, a transmissão do rádio digital é feita no mesmo canal de frequência AM ou FM, o que seria mais amigável ao hábito do usuário de rádio convencional. O alto custo da tecnologia aos pequenos radiodifusores, no entanto, é motivo de críticas.
O representante do DRM na audiência, Marcelo Goedert, afirmou que a vantagem do padrão mundial é se adequar à realidade econômica das emissoras brasileiras. "O DRM, através de seu consórcio, oferece a tecnologia para transmitir em rádio digital. O formato que vai ser usado – se vai ter transmissores de alto custo, de alta ou de baixa potência, se o receptor de rádio vai ter uma telinha ou vai ter uma telona ou se vai custar 50 dólares ou 500 dólares – isso é o mercado brasileiro que vai definir".
A coordenadora da frente, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), disse que ainda não tem preferência por um dos padrões. Ela afirmou que vai acompanhar o debate no conselho consultivo do Ministério das Comunicações e que pretende colocar esse assunto em discussão no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. "Vamos propor ao conselho que paute essa discussão. O conselho terá que dar a sua opinião a respeito [do padrão digital] quando essa decisão estiver sendo tomada."
A Frente Parlamentar havia comunicado que poderia fazer o anúncio do padrão neste mês de setembro. A informação não foi confirmada e novo prazo não foi definido. Qualquer que seja a escolha, quando for implantado, o ouvinte terá que comprar um receptor para o rádio digital.
Com informações do site Sonda Brasil
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